terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma velha, sim, senhor.



Notas (nem tão - quem sabe, quase nada) importantes: Perceba que esse tema não surgiu repentinamente do meio das minhas fitas.

Não vou falar sobre o conto O Alienista, embora ele realmente mereça que falem positivamente - como eu certamente falaria - dele sempre que possível.

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Numa tentativa de tornar o ócio completamente improdutivo, abri o Google, afim de pesquisar sobre absolutamente nada de relevante. Mas eis que Deus (Google, pra quem ficou na dúvida) me surpreende, pondo à minha frente um link contendo uma lista de 48 clássicos da literatura.

À parte a total frustração do meu intuito inicial, a lista realmente me interessou. (Fato facilmente comprovável com a lista de vinte títulos que designei como meta do ano)

Ao fim do meu rol, continuei a busca por listas de clássicos da literatura universal. Encontrei várias - umas boas, outras nem tanto e, claro, algumas simplesmente lastimáveis -. Mas o que me chamou a atenção não foi isso, mas dois links que continham, um deles, dez razões para ler clássicos e, o outro, dez razões para ler livros atuais.

Comecemos pelo que tenho menos a dizer: dez razões para ler livros atuais. Sou uma velha. Tudo bem se gostam da saga Crepúsculo ou algum outro tipo de vampirice, de super mistérios da igreja, soluções gerais para problemas pessoais, análises psicológicas profundas de mentes rasas ou, simplesmente, como enriquecer "acreditando". Ah, em tempo, perdão pela generalização (oh, maldita mania humana!), há boas obras contemporâneas, porém, eu as encontro com considerável menor frequência do que quando as procuro nos clássicos. *Voltando para onde eu estava* Os argumentos não me convenceram, de forma alguma. Um deles foi quanto a maior diversão, porém eu a encontro em vastidão nos clássicos. Outro defendia que é uma forma de atualização e contextualização no nosso tempo histórico, embora eu ache bem mais produtivo se informar por meio de jornais e revistas, e prefira, incomparavelmente, histórias atemporais, e não "datadas a ter fim".

Agora, sim, damas e cavalheiros, os clássicos!

Eu vejo uma beleza infinita nos clássicos. São atemporais (ponto importantíssimo, crianças!), não importando ao seu entendimento terem sido escritos em 1632, mas lidos em 2116. E, se não importando ao seu entendimento, muito menos diminuem sua beleza e genialidade (é, realmente muito fácil dizer "isso é óbvio!", depois que alguém já disse). Possuem uma polidez gramatical que me encanta muitíssimo - rebuscamentos não são inúteis, muito pelo contrário, dão um tom diferente à história, uma emoção diversa -. Com facilidade, encontra-se análises psicológicas e formação de caráter dos personagens de uma profundidade inebriante.

Quanto ao artigo, discordo em um ponto: nem toda literatura é diversão. Alguns livros são bagagem intelectual, sem necessariamente divertir. As cem páginas parecem trezentas, mas ao fim, nos adicionam mil de conhecimentos.

Aí os links, caríssimos:
http://www.lendo.org/10-motivos-para-ler-livros-atuais/
http://livroseafins.com/10-motivos-para-ler-livros-classicos/