segunda-feira, 10 de agosto de 2009

1984 é o nosso mundo


Se déssemos ao nosso mundo a metade da atenção que damos ao mundinho do "Grande Irmão", as coisas não seriam assim.
Enquanto "fazem e acontecem", nos contentamos com um pedaço de pão e uma gladiação, ou uma Glob'iação, no caso. Mas isso não é uma novidade pra ninguém. Todos sabem; todos negam; todos fazem.
Mas não posso ser tão cruel, afinal, mesmo os que buscam - pelos meios mais ágeis - assistir (sim, só isso) o que acontece acabam na mesma política de pão e circo, mas dessa vez com o subtítulo de Informação.
O Grande Irmão ainda parece uma realidade mais... alcançável. Ele nos faz crer que podemos participar, que algo depende de nós, que somos nós as mãos que movem o fantoche e a voz que o faz "pensar", que tudo aquilo que não nos agrada será resolvido no apertar de uma tecla.
O nosso Grande Irmão não tem mais nada do Big Brother do Orwell. Nem as regras, nem a organização, nem a forma de fazer o errado ser certo. Mas de tudo, ainda, o que menos tem é, sem dúvida alguma, a genialidade.

"Guerra é paz,
Liberdade é escravidão,
Ignorância é força."


Isso deveria nos fazer bem menos sentido.