terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O mundo em verde, azul e... castanho.


Se nossas pupilas roubassem a cor de nossas íris e víssemos o mundo em tons de olhos?
O mundo seria como? Se adaptaria a que?
Eu diria que a Europa deveria combinar com azul, se deveria; assim como o Brasil com castanho e a Ásia com preto.
As diferenças seriam normais e diferentes, dependendo de quem as visse. E as tinturas de cabelo sairiam de moda, certamente. As roupas seriam brancas, pois são versáteis.
O mundo dos de pupilas pretas seria nublado; de pupilas azuis seria um amanhecer eterno; e no das de pupilas verdes não haveria falta de verde, se é que me entendem.
E como seria o mapa mundi? Teria tanta água, ou tantas florestas, ou, ainda, tantas montanhas...
Assim teríamos mais de três cores, teríamos mais de três vidas e mais de três amores.

Em prol do nome...


Vê-la era um alento. Não, era mais, muito mais. Inspirá-lo não era tudo que ela fazia.
Ela acalmava-o, mas de um jeito que o instigava.
Diziam-lhe que ela era transcendental; ele apenas respondia-lhes que era dele.
E era, de fato.
E era não é. Por falta de "pró nome", só era.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os Amantes do amigo Rubem ;)


Nos dois primeiros dias, sempre que o telefone tocava, um de nós dois esboçava um movimento, um gesto de quem vai atender.
Mas o gesto era cortado no ar. Ficávamos imóveis, ouvindo a campainha bater, silenciar, bater outra vez. Havia um certo susto, como se aquele trinado repetido fosse uma acusação, um gesto agudo nos apontando. Era preciso que ficássemos imóveis, talvez respirando com mais cuidado, até que o aparelho silenciasse.
Então tínhamos um suspiro de alívio. Havíamos vencido mais uma vez os nossos inimigos. Nossos inimigos eram toda a população da cidade imensa, que transitava lá fora nos veículos dos quais nos chegava apenas um ruído distante de motores, a sinfonia abafada das buzinas, às vezes o ruído do elevador. Sabíamos quando alguém parava o elevador em nosso andar; tínhamos o ouvido apurado, pressentíamos os passos na escada antes que eles se aproximassem. A sala da frente estava sempre de luz apagada. Sentíamos, lá fora, o emissário do inimigo. Esperávamos, quietos. Um segundo, dois - e a campainhada porta batia, alto, rascante. Ali, a dois metros, atrás da porta escura, estava respirando e esperando um inimigo. Se abríssemos, ele - fosse quem fosse - nos lançaria um olhar, diria alguma coisa - e então o nosso mundo estaria invadido.
No segundo dia ainda hesitamos; mas resolvemos deixar que o pão e o leite ficassem lá fora; o jornal era remetido por baixo da porta, mas nenhum de nós o recolhia. Nossas provisões eram pequenas; no terceiro dia já tomávamos café sem açúcar, no quarto a despensa estava praticamente vazia. No apartamento mal iluminado íamos emagrecendo de felicidade. Devíamos estar ficando pálidos, e às vezes, unidos, olhos nos olhos, nos perguntávamos se tudo não era um sonho. O relógio parara, havia apenas aquela tênue claridade que vinha das janelas sempre fechadas. Mais tarde essa luz do dia distante, do dia dos outros, ia se perdendo, e então era apenas uma pequena lâmpada no chão que projetava nossas sombras nas paredes do quarto e vagamente escoava pelo corredor, lançava ainda uma penumbra confusa na sala, onde não íamos jamais.
Pouco falávamos: se o inimigo estivesse escutando às nossas portas, mal ouviria vagos murmúrios; e a nossa felicidade imensa era ponteada de alegrias menores e inocentes, a água forte e grossa do chuveiro, a fartura festiva de toalhas limpas, de lençóis de linho.
O mundo ia pouco a pouco desistindo de nós; o telefone batia menos e a campainha da porta quase nunca. Ah, nós tínhamos vindo de muito e muito amargor, muita hesitação, longa tortura e remorso; agora a vida era nós dois, apenas.
Sabíamos estar condenados; os inimigos, os outros, o resto da população do mundo nos esperava para lançar olhares, dizer coisas, ferir com maldade ou tristeza o nosso mundo, nosso pequeno mundo que ainda podíamos defender um dia ou dois, nosso mundo trêmulo de felicidade, sonâmbulo, irreal, fechado, e tão louco e tão bobo e tão bom como nunca mais haverá.

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No sexto dia sentimos que tudo conspirava contra nós. Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares de edifícios - que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como dentro de um sonho?
Entretanto, a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar: e assim três, quatro vezes sucessivas.
Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro. Ficávamos quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que fluia num encantamento constante.
Eu sentia dentro de mim, doce, essa espécie de saturação boa, como um veneno que tonteia, como se meus cabelos já tivessem o cheiro de seus cabelos, como se o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha. Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo repetido jogo lânguido, e uma vez que, sentado de frente para a janela, por onde se filtrava um eco pálido de luz, eu a contemplava tão pura e nua, ela disse: "Meus Deus, seus olhos estão esverdeando".
Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio par que um movimento chamasse outro; inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível como um lento bailado.
Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter víveres; vesti-me lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam?
Quando cheguei à rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, senti vagamente que aquecia meus sapatos. Fiquei um instante parado, encostado à parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e veículos irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensação dolorosa no estômago.
Havia um grande caminhão vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos, o homem fez um grande embrulho; voltei, carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salvação.
E levei dois, três minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre se acabara; alguém viera e batera à porta, e ela abrira pensando que fosse eu, e então já havia também o carteiro querendo recibo de uma carta registrada e, quando o telefone bateu, foi preciso atender, e nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre - senti que ela me disse isto num instante =, num olhar entratanto lento (achei seus olhos muito claros, há muito tempo não os via assim em plena luz) um olhar de apelo e de tristeza, onde, entretanto, ainda havia uma inútil, resignada esperança.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Hiperlink vital...



Início de tarde, ligo o rádio...
Tocando Sexo, Algemas e Cinta-liga, ouço.
A mãe não mais está ali para reclamar, mas deve continuar cantando no ritmo errado. E ela cantando no ritmo errado me lembra um cachecol, que lembra a Redenção, que lembra Porto Alegre, que lembra Princesa Isabel (e um sorriso discreto de passado resolvido), que lembra UFRGS, que lembra aeroporto, que lembra partida, que lembra saudade. Esta lembra distância, que lembra nordeste, que me causa repúdio. Repúdio este que acaba com o fim da música.
Coloco um CD, passo umas músicas...
Ciel Errant, ouço.
Música bonitinha, que lembra alegria, que lembra quase todo um ano, que lembra dezoito, que lembra música, que lembra chuva, que lembra frio, que lembra futuro, que lembra país frio, que lembra Europa, que lembra saudade, que lembra uma caixa, que lembra papéis, que lembram cartas que não enviarei, que lembram listras, que lembram cores vibrantes despropositadas.
E este despropósito lembra o inverso do resto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Copiando Veríssimo...


... porque quem sabe, merece ser copiado.

O que você pensa sobre o uso de algemas?
-Acho que depende. Há circunstâncias em que o uso de algemas se justifica, outras não.
-Por exemplo?
-Bom, tomemos o meu caso. Eu tenho sempre um par de algemas à mão, o que não significa que vá usá-las. Na hora é que eu decido. É uma coisa muito subjetiva. E depende muito do tipo da pessoa, claro. Do subjugado.
-Você estuda o subjugado antes de decidir.
-Não é uma questão de estudar, porque muitas vezes nem dá tempo. É preciso decidir logo que forma de submissão será usada, para não perder tempo. E muitas vezes o próprio subjugado é que pede.
-O quê? O subjugado tem escolha?
-Às vezes. A maioria gosta de ser surpreendida.
-Não sei se eu estou...
-É como bolinha japonesa. Você precisa ter sensibilidade para saber se é o caso de sugerir bolinhas japonesas ou não. Mas se ele pedir bolinhas japonesas, então já é meio caminho andado, por assim dizer.
-Bolinha japonesa?!
-Ou chicote. Ou cera quente. Ou o cone do Marquês.
-Espera ai. Acho que está havendo um mal entendido...
-O cone do Marquês muita gente nem sabe que existe. Você precisa propor, mostrar como funciona e perguntar se o cara prefere com ou sem estrias.
-Obrigado.
-Quanto às algemas, o mais prático é sacudi-las na frente dele para ver qual é a reação. Se ele disser "Sim, sim!", você prende os pulsos dele na cabeceira da cama com as algemas e...
-Obrigado!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Como identificar um poser mal sucedido...


-Qual a banda que mais gostas?
-Iron Maiden.
-Qual a música que mais gostas?
-Sweet Child O'Mine
-O que, na tua opinião, te caracterizaria como "do metal"?
-Meu cabelo.
-O que pensas das mulheres metaleiras?
-Metaleira é pra comer e dispensar.
-O que pensas sobre as pessoas que não ouvem metal?
-Fedem, nem gente são.

Esse é um poser metal :)
hahahahah

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Nosso bom e velhos amigo velho... Portugeize



Atualmente o Portugeize correto é, super fluo nos dias de hoje.
Cem motivos toda essa per cupa(do latim: por bacia)são. Até me deixa plasma.!
Contanta coisa pra se pré-culpar no mundo e essa gente fica pensando em agramática.
É anssinho que o mundo acaba do jeito quentá.

E viva o nosso bom amigo velho, Portugeize.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Forma...


Vivendo vidas vazias,
Aliterando acasos atípicos,
Unindo utensílios utópicos
Com cordiais condições
De dedução discutíveis.

Remando rios risonhos
em elipse exagerada,
ascendente andar aquático.

Voam ventos, varrem
folhas finas, frágeis,
consomem chamas contidas.

Pareceu paranóia?
Sem sentido, solto,
aleatório? Assim, alitere-se.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Idiomas ocasionais...


Fato que cada idioma deveria ser usado para expressar um tipo de emoção.
As pessoas aprenderiam elogios em um idioma, galanteios em outro, filosofia em outro e, os xingamentos em outro ainda diferente.

Seria algo como xingar em alemão, galantear em francês, discutir filosofia em grego, mostrar-se culto em português, contar piada em espanhol, cantar em inglês e rir dos outros em finlandês. :)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

De utilidade bloguística e pública...

Venho através deste anunciar o afastamento da nossa querida membra, Cris.
Isto acarreta uma série de mudanças...
Caso não reconheçam mais o blog, não se preocupem, entraram no endereço certo :)

Agradecimentos.

hahahahaah
Fui formal :D

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Homem atrasado, capitalismo neurótico...


Árvore? Casa
Chá? Medicamento
Planta? Cosmético
Corpo? Panfleto
Beleza? Publicidade
Criatividade? Venda
Criação? Artigo
Trabalho? Dinheiro
Amor? Golpe de marketing
Mulher bonita? Venda de cerveja
Fantasia infantil? Venda de Coca-Cola
Alimentação? MC Donald
Passeio? Shopping center
Diversão? Venda de entrada para cinema
Cultura? Teatro a R$50
Notícia? Assinatura de jornal
Natal? Presente
Preocupação? Cartão telefônico
Astrologia? Envie mensagem para "Astral"

Ele vai te matar, a única forma de evitar é se matando antes. À propósito... VENDE-SE FACA, CORDA, GILLETTE... Quem queeer?

domingo, 27 de abril de 2008

Fofoca amnésia...


Bah, tu lembras do Gordo?
Sim, claro... o que tem ele?
Foi demitido...
Onde ele trabalhava mesmo? Não lembro...
Ah, ele trabalhava no... ah, lá na faixa, sabe?
Não... ah, é aquele depois da bodega?
Não! O outro, lá... antes da bodega, na frente da casa do seu... ai, não lembro.
Ahhh, sim. O seu... ai, como era mesmo o nome dele?
Tá, ele. Acho que era Bencka, ou Stertz
Não! não era Schewngla?
Pode que seja...

*******
Do que a gente tava falando mesmo?

terça-feira, 22 de abril de 2008

De tudo um pouco, até pop americano...

-> VEJA UMA IMAGEM TRI GÄTZZ AQUI :) <-
(o mundo está conspirando contra esta postagem, mas eu NÃO vou me render.)

Músicas, músicas... cada frase um momento, cada melodia uma história...
E assim vamos, de Samba do Ernesto à Wasting Love, de Wish You Were Here à Greenleaves.

Acho que não seria assim, tão bom, viver se não fossem as músicas. Se os momentos fossem compassos em branco. Se não houvesse aquela melodia, que se não fosse o momento, seria odiada, mas pelo momento, tornou-se doce.
Assim se chora ouvindo Ney Matogrosso, ou Air Supply, ou, então, Blues da Casa Torta.
Se ri ouvindo Sob Um Céu de Blues, Miss Lexotan 6mg Garota, Bailarina, Pet Cemetary, Good Riddance.
Assim inclui-se aquela banda de pop americano nas preferidas, só por causa daquela música, que concientemente é um lixo, mas é a melhor, por aquele momento.
Se abre aquela Lista de Reprodução do Media Player, de uns amores atrás, se escuta desde a música que deu o início, a que deu a continuidade, a que pôs a vírgula, a música tema, e fica-se com a música do fim na cabeça. Cantarolando a melodia, lembrando, sentindo falta, por pior que tenha sido, a música transforma numa boa recordação.

Acha, numa caixa de alpargatas tamanho 44, que nem se sabe de onde surgiu, mas sabe-se que cabe, muito bem, um cd, aquele cd que se ouvia na época de transição entre não ter estilo algum e criar o estilo que depois seria aprimorado, para levar pela vida. Aquela época em que todo piá metaleirinho arranja uma guitarra emprestada, deixa o cabelo crescer e pinta três unhas de preto. Aquela época em que todo emo briga com os pais, porque quer fazer uma tatuagem dos Ursinhos Carinhosos e pintar a franja de rosa bebê. Aquela época em que todo mini-mano rouba as roupas velhas do irmão mais velho e as tampas dos bueiros da rua, pra usar de colar...

Na gaveta da estante da sala acha-se a fita tape que embalou a infância (eu sou nova mas nem tanto... ouvi muita fita tape com música começando na metade), aquela música da Xuxa que tava na moda...
Eu ouvi muito LP, gostava dos Beatles, Yellow Submarine. Aquela capa era tão linda, colorida e abarrotada de desenhos. A música era melhor ainda.
Só penso se essas crianças de agora terão boas lembranças musicais de suas infâncias. Lembrarão de RBDs e High School Musicals. Nada muito louvável, na minha opinião.

E, o que dizer dessas menininhas dançando Piriguete e rebolando à lá Créu? Daqui um ano elas já morrerão de vergonha e dirão que não gostam mais dessas coisas, agora a moda é o Melô do 69 (ou qualquer coisa que valha). E esses menininhos fazendo break e torcendo pra conseguir não tropeçar naqueles tênis que calçariam a família toda, com um só par?




"Sur l'autre rive je t'attendrai"
"Espero que o fim da tarde venha com você"
"How I wish, how I wish you were here"
"Quando o medo era motivo de choro, desculpa pra um abraço ou um consolo"
Saudade...

terça-feira, 8 de abril de 2008

E no mundo...


Além do dólar em queda, ou seja, EUA em crise econômica... temos revoltas contra a tocha simbólica dos Jogos Olímpicos (?)*, e, indo mais fundo (literalmente, a altitude aqui é baixa), lemos no jornal de Venâncio Big City, em matéria de capa, entrevistas com travestis da praça.
Tá, vá lá que discriminem (nem vou falar mal de quem o faz, pois é muita vontade de ser aberração), mas daí, pra elogiar, no jornal da cidade, já é um pouquinho demais... Daí surge aquela, se é mulher fazendo ponto, é crime, se é traveco, não é!?
Prostituição é crime, mesmo que seja de cachorro, usar "falta de roupa" é atentado ao pudor, crime...
Vejo outra, agorinha... presidiária foge de hospital pela porta da frente, um dia após dar à luz um filho, isso em Catanduva/SP (pra ti, Adaltinho :P)
Pois é, pois é... e esse mundo.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Todos clássicos...


...que eu não li.

Livro famosérrimo. Conheces?
Sim. Mas nunca li.

Não é que eu não leia livros, não mesmo.
Até, li Hamlet, pra não dizer que sou uma nulidade.
Li Marília de Dirceu, mas não que eu ache interessante saber como era perfeita a pastora Marília.
Nunca li Romeu e Julieta, mas da história sei boa parte.
Li Fedro, Memórias Póstumas de Bras Cubas, Alice no País das Maravilhas, até mesmo Os Sofrimentos do Jovem Werther.
Mas, O Guarani, Iracema, Dom Quixote, O Pequeno Príncipe, Romeu e Julieta, ou, sei lá, Dom Casmurro... nem ao menos Agatha Christie ou Paulo Coelho
ahahhah
Me envergonho, mas não dos dois últimos :P

domingo, 16 de março de 2008

Sem histórias pra contar...


Sabe aquele sentimento de pesar, aquela falta, nostalgia...?
Pois é, não tenho...
Tenho, até. Mas nem parece tão bonito quanto é com os outros.
Aquela coisa singela...

As coisas se arrastam, terminam mal, ou pior, ficam sem fim.
Fins determinados ou inexistentes, mas, mesmo sem ter acabado, não existem mais.

Marcas profundas, rebocadas com pinceladas de presente e idéias de futuro.
Assim se vai levando, e vai...
Tá todo mundo vivo igual.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Pelas músicas não explícitas...


Quanto ao fato de "Créu's" e "Agora tô solteirinha's", prefiro nem me pronunciar...
Não costumo ouvir musiquinhas que falam de menininhas meigas e certinhas, amores de tutti-frutti, príncipes e princesas e o escambal, mas, pra daí ouvir pornografia explícita, como Piriguete (queeeem nunca ouviu isso!? pois é, impossível se livrar)...

"Ah, Rita, tu sai da janela que as moças desse lugar não se demoram donzelas, nem se destinam a casar"

Sei que já falei disso...


Sei que não é novidade, mas... olhando JN me revoltei ¬¬

Num único programa falamos de Museu Afro e UniPalmares (universidade somente para negros), o que é isso!?
E, ainda, o presidente apoiando, dizendo que assim está certo.
tá nada! depois das cotas, ainda isso!?
unf

domingo, 9 de março de 2008

Poema "prósico"...



Se possível fosse
transformar a prosa vital em poema,
tão mais bonito seria viver.

Contar da vida,
falando em rima,
pensando em palavras nababescas.

Fazer do simplório
algo de imensa beleza,
de alta riqueza.

Transformar namoricos
em paixões eternas,
com dramas e glórias.

De passeios no parque
fazer odisséias,
com dragões e heróis.

Fazer do medo do escuro
a batalha épica,
do desenrolar, vitória.

Viver intenso,
com a mesma beleza dos poemas,
mesmo utilizando nossa prosa.

terça-feira, 4 de março de 2008

Discípula do Charada...


A vida dá voltas, e gira e se revolta...
As coisas surgem, ofuscam, concorrem, ressurgem, ou não.
Ontem era certo, hoje é confuso, amanhã vai ser inédito.
De antiga repulsa para presente caráter.
Certeza absoluta vira porquê, que vira palavra-chave.
Vai, vem, e mantém-se constante em sua inconstância.
Presença, falta, anseio, recompensa.
Desejo, agradecimento, desculpas, zelo.
Amor é amor, se é... realmente, difere, só é difícil julgar.
Orgulho vira vergonha, que vira lembrança, que é esquecido.

Merece, verdadeiramente, mais que eu, melhor que eu, sem dúvida.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Nem sempre pais são lógicos... o.O


Apesar de minha mãe ser diferente e minha vó só recomendar que eu não volte sozinha... a maioria dos pais não é assim.
"Não aceite coisas de estranhos." - Oras! Por que não? claro que, se te oferecerem algo pra comer, pode que tenha veneno (apesar de que, os pais acham muito bonitinho aqueles palhaços de lojas que entregam balas pra crianças na rua), mas se for alguma coisa que não ofereça riscos, aceite, oras!
"Não fale com estranhos." - Ahhhhh, é! Vai viver sozinha a pobre infeliz criatura. Um dia vai ter que conhecer as pessoas, e até então, são estranhas =P
"Não volta tarde." - Isso é infinitamente relativo. Eu nunca voltei tarde, porque, pra mim, a hora que eu volto não é tarde, porque tá bom ficar sei lá onde, então não tá tarde =P
"Cuida as más companhias." - Más companhias? Nah... Companhia é sempre bom, é só não fazer tudo que fazem e dizem...

Bem, bem...
Quando eu for mãe, SE for... farei o mesmo
hahahahah

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Anarquiiiiia!


Como filha de lider de movimento estudantil da Santa Maria dos anos 80, eu digo que a anarquia tem que voltar.
Como ser ciente do reerguer da Argentina, eu digo que os protestos precisam voltar.

Somos comodistas demais, num mundo ruim.

Lá no tempo da ditadura militar, quando era proibido protestar, as pessoas protestavam. Agora que é permitido, e fácil, ninguém se mexe!

Protestar não é fazer grevezinha, anarquia não é reclamar sem motivo e sem organização.

Quando se tem um motivo concreto, um movimento organizado e comprometimento com a causa, dá resultado

Vamos lá, minha gente!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Se fosse possível...


...juntar tudo de bom que construi, a personalidade que concretizei e as amizades que arquitetei e reorganizar tudo num novo lugar...
Não é fugir dos problemas, porque lá também existiriam, mas fazer as coisas de acordo como quero, e não como tornaram-se.
As pessoas deveriam ser julgadas só apartir de quando formassem suas devidas personalidades. Daí então seriam boas ou màs pessoas...

...ter várias vidas concorrentes. Fazer várias escolhas pra daí ver no que dá.
Algo como ter uma vida titular, e com essa só fazer o que dá certo, e as testes, com as quais se tenta as coisas novas.

...parar o tempo, repetir momentos, voltar atrás, fazer teletransporte, não morrer por erros, fazer tudo voltar, ou se fazer sumir...

Bem, acho que seria fácil demais viver. Ainda quero passar trabalho.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Nem tudo no Brasil é ineficaz...


Nem tudo no Brasil é lento e ineficaz, e EU FALO SÉRIO!!
Não sei como, exatamente, mas algumas coisas funcionam de forma espetacular. Em contraponto à outras, claro, mas funcionam.
Uma lei? Maria da Penha.
Pontualidade? Recebimento de cobrança.
Agilidade? Envio de cartão de crédito.
Bom atendimento? Atendente de financeira.
Grande inteligência? Bolar golpes.
Ótima neurolingüística? Igrejas de crentes e aplicação do Conto do Bilhete.
Organização? Escola de samba.
Perseverança? Time de futebol no rebaixamento.
Fidelidade? Capanga de fazendeiro.
Poder? Traficante.
Subir na vida? Limpador de vidraça.
Trabalhador? Prostituta de calçadão.
Seguir fielmente os sonhos? Travesti.

Viu? Tem coisa que funciona =D

domingo, 20 de janeiro de 2008

Um prisma alternativo...


Um prisma diferente de cada coisa, sempre existe... sempre
Mas é bastante condicional, varia de espectador à ocasião.

Não existe um prisma padrão para cada coisa, nem um método de lidar com esse leque de opções. Cada pessoa vai ver as coisas como lhe convir, como lhe parecer correto ou rentável.

E as pessoas não seguirão o prisma da "vítima", ou do "vitimando", as pessoas farão o juízo que lhes couber, mesmo que não as caiba fazer juízos.
Mesmo que tenhamos feito a ação, saibamos nossas razões, as pessoas não levarão a sério nossa opinião sobre esta ação, mas levarão a própria, mesmo que incabida.

E eu, realmente, queria poder ter mais prismas, analisar mais lados dos ocorridos, mas acho que isso não é naturalmente humano, ou se perdeu durante o processo de evolução.

Ser injusta me perturba.
Acho que, pelo menos, me sentir perturbada é nobre...

O mundo está sempre do outro lado do prisma, independente de quem olha.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Pictures...


...são forjados pedaços de vidas.

A realidade retratada na perfeição, tanto alegremente, como drástico.
Onde a expressão não era aquela, o sentimento nem existe e o espontâneo vem com o treino.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ahhh...

Com tanta gente legal, inteligente, interessante, que eu me orgulharia sem problemas...
Eis, gaúchos, que nos surge:



Paulo Santana!!!

Ah, comentarista chatinho...
Nem sei do que ele é comentarista, digo, na realidade, é comentarista de comentário...

Ele deveria ser comentarista, acha que é até cantor, é nada, satisfatoriamente.
Hoje (digo, ontem, já passa da meia noite) ouvi ele cantar A Volta do Boêmio... minha gente, foi triste...
Contando histórias, como se fosse interessante, e se alguém quisesse saber.

Ah, francamente! Tem tanta gente legal pra se ser "conterrâneo", orgulhosamente, mas... o Paulo Santana!?

No lugar destinado à ele no Jornal do Almoço, podiam pôr programa de culinária, seria infinitamente mais útil ¬¬