Escrito ao escrever
Aos escritos não poderia haver melhor homenagem que eles mesmos. Um se presta ao outro, fazendo reverências.
Não há escritos que sejam arrogantes ou maldosos. Eles são prestativos, tão somente.
Eles passam mensagens e idéias de qualquer natureza e de qualquer ponto de vista sem sequer uma indagação. Transmitem histórias às gerações, conhecimentos aos sedentos, amparo aos deprimidos.
Escrever é a garantia de que não há solidão ou impossível. O papel aceita tudo e as palavras expressam o que nos for de agrado, não há limitações.
A caligrafia expressa nossas emoções e os textos guardam todos os nossos segredos.
Não há inalcansável que se não alcance com uma caneta.
2 comentários:
que amor! :)
o escrito no papel é a nossa expressão, a nossa alma palpavel :)
beijoca :*
Isso me lembrou, prontamente, uma frase do Oscar Wilde: "Não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos."
Gostei do texto; revela uma maturidade que, por ser peculiar a ti, não chega a ser surpreendente. Essa proposta metalinguística dele - o "escrever sobre o escrever" - me lembrou o nosso xodozíssimo "Meu Ideal Seria Escrever...", do esplêndido Rubem Braga, haha. :)
Ainda sonho com o dia em que possamos combinar leituras simultâneas - para, então, sobre elas conversar.
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